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A minha idade compromete o sucesso dos implantes dentários?

Essa pergunta é recorrente no consultório. Embora a instalação de implantes dentários tenha se tornado uma escolha de tratamento comum para substituir dentes perdidos, pacientes idosos escolhem este tipo de tratamento com menos frequência em comparação com outras faixas etárias (Visser et al., 2011).

Uma preocupação potencial em relação à terapia com implantes dentários em pacientes idosos é o risco de comprometimento da cicatrização da área operada (Bartold et al., 2016). Este comprometimento pode ocorrer pelo próprio envelhecimento, mas também pela maior prevalência de doenças crônicas neste grupo de pacientes (Chrcanovic et al., 2014). 

 Recentemente, foi relatado que o envelhecimento não parece comprometer o sucesso dos implantes (Bertl et al., 2019).  

Outro fator que deve ser levado em consideração é a capacidade de manter uma higiene oral eficiente e de procurar o dentista regularmente para consultas de manutenção parecem ainda mais importantes para um resultado de tratamento bem-sucedido e evitar complicações biológicas em longo prazo (Schimmel et al., 2017).
Portanto, após uma avaliação criteriosa e consultas periódicas, o uso de implantes dentários em pacientes idosos é, em geral, considerado uma opção de tratamento previsível (Schimmel et al., 2017, 2018).
A alta taxa de sobrevivência do implante (95,4%) observada em um estudo após 5 a 11 anos de acompanhamento sugere que idade mais avançada não deve ser considerada como um fator limitante para o tratamento com implantes (Etöz O et al, 2021).
Precisamos avaliar a condição de saúde geral dos pacientes. Algumas doenças sistêmicas (por exemplo, diabetes sem controle) ou hábitos (pacientes fumantes) podem interferir no sucesso dos implantes. Não é a idade que é um fator limitante e, sim, a saúde geral.
Próteses dentárias fixas totais suportadas por implantes têm sido usadas para a reabilitação oral de pacientes com ausência total dos dentes desde os primeiros dias da Implantodontia Moderna (Adell, Lekholm, Rockler, & Brånemark, 1981) e têm mostrado taxas de sobrevivência que variam de 84,3% a 100% (Bagegni, Abou-Ayash, Rucker, Algarny, & Att, 2019).

Outro estudo relatou uma sobrevida cumulativa estimada de 93,3% após 10 anos e 87,1% após 20 anos. No entanto, o bruxismo é um importante contribuinte para o fracasso de implantes e próteses, bem como para um aumento da prevalência de complicações técnicas (Chrcanovic et al; 2020).
Apesar da alta taxa de sobrevivência em muitos estudos, as próteses sobre implantes não são isentas de problemas, e sua longevidade é limitada não apenas por complicações biológicas, mas também pela necessidade de manutenção protética e consultas de controle periódicas (Chrcanovic, Kisch, & Larsson, 2019, 2020).
A primeira pergunta que ouço no consultório quando um paciente me procura para tratamento com implantes osseointegrados é se pode ocorrer rejeição. Normalmente, esse paciente tem algum vizinho ou parente que relatou esse problema. As pessoas confundem rejeição com infecção.

Pode acontecer infecção na área cirúrgica e o paciente vir a perder o implante. Qualquer procedimento cirúrgico está propenso a uma infecção. No entanto, isso não caracteriza rejeição.

A infecção pós colocação de implantes é uma complicação muito rara visto que os materiais utilizados são esterilizados e, na maioria das vezes, é feita uma prescrição de antibióticos antes e após o procedimento. É preciso esclarecer que as descobertas da Ciência não param e alteram nossas verdades de forma avassaladora. Por isso, é preciso entender que a osseointegração (formação óssea ao redor do implante) é dinâmica e é o resultado de intrincadas reações relevantes para a formação óssea e de vasos sanguíneos (Trindade et al; 2016).
A reação e inflamação do sistema imunológico requerem processos bioquímicos ativos para restaurar a homeostase (equilíbrio), o que, consequentemente, leva à osseointegração do implante (Bielemann et al; 2018). A resposta imune tem alguns fatores significativos, como citocinas, substâncias solúveis produzidas por diferentes tipos de células imunocompetentes, por meio das quais as células afetam umas às outras (Podzimek et al; 2010).
Existem vários estudos sendo realizados na área da rejeição de implantes do ponto de vista imunológico e das alterações do ambiente peri-implantar. Mas, ainda assim, é um fenômeno raro, muitas vezes confundido com infecção!


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